Seminário Wilson Tibério – Contribuições para uma memória negra, no Centro Cultural Sesc Quitandinha
O Centro Cultural Sesc Quitandinha apresenta, no dia 24 de fevereiro de 2024, às 15h, o seminário gratuito “Wilson Tibério – Contribuições para uma memória negra”, com curadoria do historiador Bruno Pinheiro. Os participantes são o sociólogo Mário Augusto Medeiros, da Unicamp, que fará a conferência inaugural do seminário; Júlio Menezes, diretor e curador do Instituto de Pesquisa e Estudos Afro-Brasileiros (Ipeafro); Gabrielle Nascimento, educadora do Museu Afro Brasil, em São Paulo; e Filipe Graciano, arquiteto urbanista e curador, junto com a historiadora Renata de Aquino, do Núcleo 1 da mostra “Da Kutanda ao Quitandinha – 80 anos”, no Salão Dom Pedro.
Um dos destaques da exposição “Da Kutanda ao Quitandinha – 80 anos” – que fica em cartaz até o dia 25 de fevereiro de 2024 – o artista gaúcho Wilson Tibério (1920-2005) migrou aos vinte anos para o Rio de Janeiro, então capital federal, onde começou a publicar na imprensa seus desenhos que fazia do cotidiano da cidade, em especial os registros da extrema desigualdade social existente.
Ativista político, participou das discussões sobre a nova Constituição, após o Estado Novo, e integrou o Teatro Experimental do Negro, fundado por Abdias Nascimento (1914-2011). No dia 1º de maio de 1946, fez uma grande exposição individual com pinturas e desenhos nos salões do Quitandinha, com grande repercussão na imprensa. Com intuito de ampliar sua participação no circuito internacional da arte e, principalmente, atuar contra o colonialismo na África, Tibério se radicou em Paris em 1947, de onde fez diversas viagens ao continente africano, retratadas em seu trabalho.
Depois que saiu do Brasil, as notícias sobre ele foram cada vez mais escassas na imprensa brasileira, com raras exceções para as exposições que fazia em Paris, ou sua participação no 1º Congresso dos Escritores e Artistas Negros, na Sorbonne. Em “Da Kutanda”, estão pinturas, esculturas, fotografias e um filme sobre Wilson Tibério. Sem jamais ter retornado ao Brasil, Wilson Tibério morreu em Mazan, cidade no sul da França.
O Seminário, integrante da programação da exposição “Da Kutanda”, busca contribuir para a visibilidade deste grande artista que foi Wilson Tibério. “Diante do histórico silenciamento em torno da trajetória de Tibério em museus e espaços de cultura brasileiros, a realização da sala em sua homenagem contou com apoio de instituições de pesquisa de memória negra no Brasil, que a partir dos seus acervos colaboraram com a intrincada pesquisa que permitiu a reconstituição de sua trajetória”, conta Bruno Pinheiro, curador do espaço dedicado ao artista. “A partir dessa experiência curatorial”, continua o historiador, “iremos debater no seminário os desafios da reconstituição histórica da trajetória de artistas e intelectuais negros, e o papel das instituições de memória e cultura nesse processo”.
Foto: Divulgação
Um dos destaques da exposição “Da Kutanda ao Quitandinha – 80 anos” – que fica em cartaz até o dia 25 de fevereiro de 2024 – o artista gaúcho Wilson Tibério (1920-2005) migrou aos vinte anos para o Rio de Janeiro, então capital federal, onde começou a publicar na imprensa seus desenhos que fazia do cotidiano da cidade, em especial os registros da extrema desigualdade social existente.
Ativista político, participou das discussões sobre a nova Constituição, após o Estado Novo, e integrou o Teatro Experimental do Negro, fundado por Abdias Nascimento (1914-2011). No dia 1º de maio de 1946, fez uma grande exposição individual com pinturas e desenhos nos salões do Quitandinha, com grande repercussão na imprensa. Com intuito de ampliar sua participação no circuito internacional da arte e, principalmente, atuar contra o colonialismo na África, Tibério se radicou em Paris em 1947, de onde fez diversas viagens ao continente africano, retratadas em seu trabalho.
Depois que saiu do Brasil, as notícias sobre ele foram cada vez mais escassas na imprensa brasileira, com raras exceções para as exposições que fazia em Paris, ou sua participação no 1º Congresso dos Escritores e Artistas Negros, na Sorbonne. Em “Da Kutanda”, estão pinturas, esculturas, fotografias e um filme sobre Wilson Tibério. Sem jamais ter retornado ao Brasil, Wilson Tibério morreu em Mazan, cidade no sul da França.
O Seminário, integrante da programação da exposição “Da Kutanda”, busca contribuir para a visibilidade deste grande artista que foi Wilson Tibério. “Diante do histórico silenciamento em torno da trajetória de Tibério em museus e espaços de cultura brasileiros, a realização da sala em sua homenagem contou com apoio de instituições de pesquisa de memória negra no Brasil, que a partir dos seus acervos colaboraram com a intrincada pesquisa que permitiu a reconstituição de sua trajetória”, conta Bruno Pinheiro, curador do espaço dedicado ao artista. “A partir dessa experiência curatorial”, continua o historiador, “iremos debater no seminário os desafios da reconstituição histórica da trajetória de artistas e intelectuais negros, e o papel das instituições de memória e cultura nesse processo”.
Foto: Divulgação